quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Para esquentar: os croquis do fashion Rio !

Preparado? A temporada de moda de outono-inverno 2011 já começou com o Minas Trend Preview, passou pela Casa de Criadores e agora vai esquentar ainda mais com o Senac Rio Fashion Business, com seu 1º desfile da dobradinha Patricia Viera e Carlos Miele marcado pra 9/01, às 17h, no Copacabana Palace. Depois o Rio-à-Porter e o Fashion Rio começam – o 1º desfile do line-up “oficial” é Alessa, no dia 11/01, às 18h, no Cais do Porto – um dia antes tem Rio Moda Hype.
Já se sabe algumas coisinhas sobre o que vai rolar :


A British Colony vai apostar em uma inspiração marítima e no minimalismo no inverno 

Croquis da totem

A vida é doce e o desfile da Alessa, que abre oficialmente o Fashion Rio no dia 11, também

A arquitetura continua sendo o mote principal da Acquastudio
A arquitetura continua sendo o mote principal da Acquastudio

Calça biker...

... e pelo na gola do inverno da Auslander!

Os beatniks serão o mote da TNG

... tipo Agatha Christie, com mulheres vestidas... pra matar?

Os anos 70 e o Swinging London inspiram Nica Kessler



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Moda praia brasileira 2010: estilo comportado e luxuoso

A temporada de calor, estação preferida por boa parte das brasileiras, pode ainda demorar a chegar, mas as principais tendências para a moda praia do verão 2010 já foram anunciadas pelos estilistas brasileiros, que consagram o setor de beachwear brasileiro em território nacional e internacional.

Nos desfiles das semanas de moda brasileiras (Fashion Rio e SPFW), a moda praia se mostrou, para a tristeza das mulheres que adoram adotar um visual bronzeado com pequenas marquinhas no verão, mais comportada. Com uma releitura das décadas de 30, 50, 60 e 70 os estilistas brasileiros desenvolveram coleções sofisticadas para a estação do calor. 

Coleções de moda praia adotam como referências décadas passadas. Foto:Divulgação

O popular modelo cortininha com calçinhas de laterais finas cedem espaço para biquínis de laterais largas. Grifes como Cia Marítima, Rosa Chá, Salinas e Lenny retrataram essa tendência de um verão 2010 glamouroso. 

Com tecidos hi-tech e muitos detalhes em laços, babados, recortes e aviamentos; os biquínis de 2010 combinam com o clima mais chique de balneários, coquetéis, cruzeiros e iates, mas devem conquistar tanto as seguidoras de moda, quanto mulheres mais clássicas que nunca aderiram à moda praia míni brasileira. 

Entre os modelos mais vistos nos desfiles de grandes grifes estavam o frente-única, o tomara-que-caia, o engana-mamãe em mais uma tentativa de emplacar e a assimetria do modelo um ombro só, tendência em todos os segmentos da moda feminina de primavera verão 2009 2010.

Maiôs, tomara-que-caia e drapeados são tendências para a moda praia do verão 2010. Foto:Divulgação

Tanto os biquínis, quanto os maiôs, vieram encobrindo mais o corpo. A exploração de drapeados, franzidos e assimetrias garantiram a sofisticação de uma moda praia renovada. A proposta, apesar de predominar nas coleções apresentadas, vem acompanhada dos tamanhos e formas menores; tradicionais da moda praia brasileira. Essa variedade facilita que a sugestão dessa moda aliada à construção das formas mais retas para biquínis e maios tenha uma maior aceitação no mercado interno e externo.

Para as mulheres que não abrem mão do visual sensual, os modelos menores e os mais comportados foram apresentados com o trabalho de bondages, onde tiras envolviam parte da cintura da mulher com muita sensualidade. 

Assimetria, drapeados e recortes inusitados compõem ares luxuosos para moda praia brasileira. Foto:Divulgação

A cartela de cores do segmento beachwear Verão 2010, favoreceu os blocos de cores e os looks monocromáticos (compostos por top e calçinha da mesma cor). Nas estampas, o estilo retro fica por conta das listras, bolinhas e se destacam também motivos florais, psicodélicos, tribais e efeitos marmorizados.

Para completar o requinte da moda praia do verão 2010, grandes acessórios complementavam visuais agregando charme às produções. Lenços, chapéus, faixas e os óculos grandes arrematam a atmosfera retro que compõe a tendência.

Com laterais e alças mais largas, os biquínis da moda praia brasileira para o verão de 2010, são bem comportados. Foto:Divulgação

O bom comportamento e a discrição dessa moda praia de 2010 pode não agradar e nem ser muito útil para os dias mais ensolarados de bronzeamento, mas com certeza vão construir um verão bastante luxuoso nas areias brasileiras.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Documentário conta a história de Saint Laurent e Pierre Bergé

Primeira incursão do diretor francês Pierre Thoretton no longa-metragem, “O Louco Amor de Yves Saint Laurent” traz uma rara abordagem da relação entre o célebre costureiro e Pierre Bergé. Rara, pois quem narra a história é o próprio companheiro, que por 50 anos foi amante, sócio e preservador da obra e memória deste que é, sem dúvida, o maior nome da moda da segunda metade do século XX. "Eu nunca conheci um casal que ficou junto por 50 anos, atravessando altos e baixos. Isso para mim era simplesmente extraordinário", disse o diretor ao site WWD. "O amor deles era incondicional. Eu nunca vi nada parecido com ele e isso ainda me deixa louco".






Em tom bastante confessional, Bergé relembra desde seu primeiro jantar com Saint Laurent, em 1958, até a morte do estilista, em junho de 2008, aos 71 anos. A fita também reúne imagens pouco vistas, fruto de uma rigorosa seleção entre mais de 100 mil fotos e vídeos. Alguns deles eram até novidade para Bergé, como um granulado registro de Saint Laurent ao lado de Mick Jagger e Andy Warhol. “O resultado é magnífico. Eu estou muito, muito, muito feliz com esse filme”, declarou ele, com 80 anos, no lançamento. Entre uma confissão e outra, obtidas ao longo de seis entrevistas que levaram quatro meses para serem concluídas, o diretor mostra preparativos do leilão que Bergé programou em 2009, no Grand Palais de Paris, com as milionárias obras de arte dos dois.
O acervo incluía pinturas de Matisse, Mondrian e Picasso e arrecadou cerca de R$ 825 milhões. Bergé conta sobre os momentos mais gloriosos e tristes da relação: da felicidade diante da primeira coleção prêt-à-porter de Saint-Laurent, em 1966, à dependência das drogas a partir de 1975 e à depressão na década de 1980. Também fala sobre as falhas do estilista, como seu extremo egoísmo “a ponto de não cuidar de ninguém, nem dele mesmo” e sua elevada sensibilidade que fazia com que se deprimisse facilmente... Tudo, claro, sem julgamentos, já que “Saint Laurent era um artista” e os dois se amavam incondicionalmente.
"Voyeurismo não faz meu tipo, e eu não queria fazer um filme mostrando infelicidade para todos chorarem. Quis mostrar que é absolutamente possível ser movido pela felicidade e como é difícil conquistá-la, porque é isso que fica para mim desse trabalho. A maneira como ambos trabalharam na história de amor deles é emocionante”, comenta o diretor. Marcado por uma trilha sonora instrumental bastante melancólica, o filme repassa a importância de YSL para a história da moda e revela sua instável personalidade nas palavras de quem o acompanhou de muito perto. Por isso relembramos,  esta grande perda, resgatando algumas das declarações de amor mais bonitas de amigos e profissionais que passaram pela vida deste grande costureiro, feitas após sua morte:

"Chanel deu liberdade às mulheres. Yves Saint Laurent lhes deu poder”, disse Pierre Bergé
“Antes de ser um estilista, Saint Laurent era um artista. Amava o que fazia e se inspirava como poucos, arriscando sem medo de errar”, afirmou a modelo brasileira Dalma Callado
"Saint Laurent foi um dos melhores estilistas, um dos poucos que alcançava a perfeição em cada coisa que tocava", declarou a estilista britânica Vivienne Westwood
"Chanel, Schiaparelli, Balenciaga e Dior fizeram coisas extraordinárias. Mas trabalharam com um estilo particular", disse Christian Lacroix. "Saint Laurent é muito mais versátil, como uma combinação de todos eles"
"Eu quero lembrá-lo não só como o maior estilista de sua época como também como era há 20 anos, quando o visitei em sua casa de Marrakesh", disse por sua parte Giorgio Armani
"Lamentamos não o ter conhecido pessoalmente, nós que aprendemos tanto com ele, que nos inspirou tantas vezes, milhões de vezes", reconheceram os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana
“Saint Laurent desafiou as regras da moda inventando novamente a elegância francesa. Seu falecimento deixa um enorme vazio e também uma herança sublima", lamentou o grupo Gucci
"Antes de tudo, ele entendeu quem era a nova mulher. Desenhou calças muito confortáveis para as mulheres que trabalham, mas ao mesmo tempo sofisticadas. Muito funcionais mas também elegantes", acrescentou a estilista japonesa Hanae Mori.
"Yves Saint Laurent transformou tudo a serviço da paixão, para que a mulher brilhe e libere sua beleza e mistério", afirmou François Pinault .



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Tendências de moda para o verão 2011

Fique por dentro do que vai ser tendência em 2011

                   As coleções de moda para o verão 2011 já foram apresentadas nos desfiles do São Paulo Fashion Week. Nas passarelas, várias peças com elementos de décadas passadas que estarão de volta de uma forma mais atualizada e moderna. Temas que foram inspirados no Brasil se destacam desde as estampas literais de belezas naturais e obras arquitetônicas, como em texturas e aplicações artesanais.

Algumas tendências verã que foram sucesso no verão de 2010 continuam no próximo verão. Um exemplo é a moda flúor, que fez grande sucesso e está de volta, se destacando ainda mais no verão que está por vir. Para 2011, a diversidade de tendências é grande e com inúmeras escolhas.
As roupas apresentadas nos desfiles do SPFW mostraram muita transparência, estampas, decotes grandes e muito brilho. As cores serão multicoloridas com tons vívidos e fortes, dando destaque a nuances de coral e turquesa.
A peça que mais se destacou nos desfiles foram os vestidos para o verão 2011. Com uma modelagem inspirada na década de 60, o comprimento do vestido continua curto, mas a grande novidade é que não precisa mais ser justo marcando a cintura, a silhueta ficará mais reta e mais larga ao corpo nos modelos em evasê ou no estilo tulipa. Os vestidos longos também aparecem, com uma forma mais abusada no volume dando estilo glamourizado e elegante.
A malharia estará presente na moda verão 2011 dando uma aparência leve e descontraída através de temas tranquilos inspirados na brasilidade. As hot pants, aqueles são micro-shorts no estilo das pin-ups também são uma forte tendência para a estação. Seus modelos vão das tradicionais ou através de recortes assimétricos. Calças curtas, dobradas e com a cintura mais alta e shorts, serão utilizados em estilos de alfaiataria ou denim. Os decotes arredondados, quadrados, em formato “V”, tomara-que-caia, um ombro só e alças cruzadas vão agradar todos os gostos na próxima estação.
Veja as  fotos a seguir :

moda verao 2011 Tendências de moda para o verão 2011

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O caminho percorrido pela moda

Sambemos que a moda está vinculada ao fato de se procurar elegância e sedução, algo  amplamente difundido entre as mulheres que se sentem vazias e melancólicas por não estarem sendo vistas como centro de perfeição. Assim, utilizando-se de recursos clichês , nada melhor que mais um blogger a difundir a história da moda desde a sua origem até os dias de hoje, em que o bom gosto e a sofisticação reúne diversidade de gênero e revolução 

Anos 20 :  A era do Jazz  
                        
Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas - mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.
A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford.
A cantora e dançarina Josephine Baker também provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados
.

Livre dos espartilhos, usados até o final do século 19, a mulher começava a ter mais liberdade e já se permitia mostrar as pernas, o colo e usar maquilagem. A boca era carmim, pintada para parecer um arco de cupido ou um coração; os olhos eram bem marcados, as sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis; a pele era branca, o que acentuava os tons escuros da maquilagem.

Croqui publicado na "Folha da Noite", em 16 de setembro de 1926A silhueta dos anos 20 era tubular, com os vestidos mais curtos, leves e elegantes, geralmente em seda, deixando braços e costas à mostra, o que facilitava os movimentos frenéticos exigidos pelo Charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado.

A mulher sensual era aquela sem curvas, seios e quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.
Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais conservadores.

Croqui publicado na "Folha da Noite", em  14 de abril de 1921A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Outro nome importante foi Jean Patou, estilista francês que se destacou na linha "sportswear", criando coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen, que as usava dentro e fora das quadras. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.
Patou também criava roupas para atrizes famosas.

Os anos 20, em estilo art-déco, começou trazendo a arte construtivista - preocupada com a funcionalidade, além de lançamentos literários inovadores, como "Ulisses", de James Joyce. É o momento também de Scott Fitzgerald, o grande sucesso literário da época, com o seu "Contos da Era do Jazz".
No Brasil, em 1922, a Semana de Arte Moderna, realizada por intelectuais, como Mário de Andrade e Tarsila do Amaral, levou ao Teatro Municipal de São Paulo artistas plásticos, arquitetos, escritores, compositores e intérpretes para mostrar seus trabalhos, os quais foram recebidos, ao mesmo tempo, debaixo de palmas e vaias. A Semana de Arte Moderna foi o grande acontecimento cultural do período, que lançou as bases para a busca de uma forma de expressão tipicamente brasileira, que começou a surgir nos anos 30.

Croqui publicado na "Folha da Noite", em 7 de maio de 1925Em 1925, pela primeira vez, os surrealistas mostraram seus trabalhos em Paris. Entre os artistas estavam Joan Miró e Pablo Picasso.
Foi a era das inovações tecnológicas, da eletricidade, da modernização das fábricas, do rádio e do início do cinema falado, que criaram, principalmente nos Estados Unidos, um clima de prosperidade sem precendentes, constituindo um dos pilares do chamado "american way of life" (o estilo de vida americano).
Toda a euforia dos "felizes anos 20" acabou no dia 29 de outubro de 1929, quando a Bolsa de Valores de Nova York registrou a maior baixa de sua história. De um dia para o outro, os investidores perderam tudo, afetando toda a economia dos Estados Unidos, e, consequentemente, o resto do mundo. Os anos seguintes ficaram conhecidos como a Grande Depressão, marcados por falências, desemprego e desespero.